sábado, 24 de setembro de 2011

Chacretes e o Chacrinha


Perfil 1


Nome completo: Chacretes e o Chacrinha
Data de nascimento: 1968
Local: TV Globo
Profissão: Dançarinas do extinto Programa do Chacrinha (falecido)
Chacrete mais famosa: Rita Cadillac
Rita Cadillac

Perfil 2


Nome completo: Rita de Cássia Coutinho
Nome artístico: Rita Cadillac
Data de nascimento: 13.06.1954
Local: Rio de Janeiro, RJ
Profissão: Dançarina

Chacrinha e algumas chacretes

Tornou-se famosa, entre outros motivos, por sua participação como dançarina no programa do apresentador de TV Chacrinha, onde as dançarinas eram chamadas de chacretes. Nos anos 80, com o sucesso de Gretchen, que vendia milhões de discos, e com todas as gravadoras procurando por cantoras dançarinas, como por exemplo a Cantora Sharon, Rita foi convidada a gravar no mesmo estilo (assim como as colegas chacretes Fernanda Terremoto e Suely Pingo de Ouro). Apesar da popularidade alcançada não chegou a vender muitos discos e ela acabou investindo em outras áreas. Não obstante, alcançou alguma notoriedade como a “favorita dos presídios”, realizando muitos shows para centenas de detentos do país e que a haviam eleito como a sua artista favorita em determinada oportunidade.

Uma informação pouco conhecida é que o nome Rita Cadillac pertenceu antes a uma artista francesa, referida nas páginas especializadas, como cantora e artista de strip-tease. A própria Rita confirmou, em entrevista para a revista Época, que seu nome artístico foi escolhido por influência da cantora francesa, em um tempo em que a França era um dos locais preferidos para se apresentarem artistas transformistas e de shows eróticos.


Chacretes

Perfil 3

Comunicador brasileiro: Chacrinha
Nasceu em : 20/1/1916, Surubim (PE)
Faleceu em : 30/7/1988, Rio de Janeiro (RJ)


"Eu vim pra confundir, não pra explicar." "Na TV nada se cria, tudo se copia." “Não sou psicanalista e nem analista. Sou vigarista.” “A melhor lua pra se plantar mandioca é a lua-de-mel.” “Alô, Dona Maria, seu dinheiro vai dar cria.” "Quem não se comunica se trumbica." "Terezinha, uuuuuuh!" O autor das frases acima - que marcaram época - é o comunicador Abelardo Barbosa - o Chacrinha -, considerado um dos maiores mitos da televisão brasileira.

José Abelardo Barbosa de Medeiros nasceu na zona do agreste pernambucano. Em 1936, ingressou no curso de medicina. Dois anos depois, foi salvo de uma apendicite supurada pelas mãos de seus colegas de curso. Ainda convalescente, trabalhava como percussionista do grupo "Bando Acadêmico" e viajou como músico no navio Bagé rumo à Europa para apresentações, em 1939.

Na volta, desembarcou no Rio de Janeiro determinado a tentar a sorte como locutor de rádio. Foi quando começou sua coleção de empregos. Tentou ser locutor da rádio Vera Cruz e, posteriormente, da Tupi e da rádio Clube Fluminense, mas seu forte sotaque nordestino não combinava com a função de locutor comercial. Trabalhou nestas rádios sem muito sucesso.

Na rádio Clube de Niterói, insatisfeito com a programação, Abelardo Barbosa pediu à direção da emissora para fazer um programa de música carnavalesca tarde da noite. ‘O Rei Momo da Chacrinha’. A rádio ficava numa chácara em Niterói, daí o nome do programa, do qual ele era o apresentador. O programa vingou e foi ao ar em 1942. O estilo irreverente do comunicador, que recebia seu público de cuecas e com um lenço na cabeça, acabou ganhando o apelido de Chacrinha.

Depois do carnaval daquele ano, o programa passou a chamar-se "Cassino da Chacrinha". Seu grande sucesso o manteve no ar até 1955. O programa era pouco convencional. Chacrinha simulava entrevistas com artistas famosos e recriava a atmosfera de um verdadeiro cassino com efeitos sonoros malucos que não dispensavam a colaboração de galos e outros bichos que existiam na chácara.

No ano seguinte, Chacrinha, como Abelardo Barbosa passou a ser conhecido, fez sua estréia na televisão, apresentando o "Rancho Alegre", da TV Tupi do Rio de Janeiro. Trabalhou em seguida na TV Rio, Bandeirantes, Tupi de São Paulo, e por fim, TV Globo.

O programa "Discoteca do Chacrinha" foi um dos mais populares da televisão brasileira nos anos 1960. Seu estilo irreverente de se apresentar, usando fantasias, criando bordões e colocando bailarinas uniformizadas ao fundo - as "chacretes" - fez escola na televisão, sendo adotado até hoje por diversos apresentadores. Além disso, vale notar que Chacrinha se utilizava de elementos típicos das festas folclóricas nordestinas, adaptando-os para a linguagem televisiva.


Chacrinha e duas chacretes

Em 1968 foi criado o programa "Buzina do Chacrinha", na TV Globo, onde comandava o programa de calouros aos domingos. Às quartas-feiras era o dia da ‘Discoteca do Chacrinha’. O apresentador também lançou diversos nomes da MPB em seus programas, contribuindo para a divulgação da música brasileira entre o grande público e uma das atrações que aumentava mais ainda a audiência masculina era o show de dança e sensualidade das belas chacretes, que se transformaram em verdadeiras musas da televisão na década de 70.

Nesta década, a censura passou a acompanhar de perto as atividades de Abelardo Barbosa. Apesar de adorado pelos fãs, Chacrinha também recebeu muitas críticas por sua atuação, considerada por alguns pornográfica (devido à pouca roupa das chacretes) ou alienante (por ser totalmente carnavalesco, sem compromisso com qualquer seriedade). E Chacrinha respondia: - ‘Eu sei o que o povo precisa para se divertir’. Na década de 80, as chacretes faziam a alegria de milhões. Rita Cadillac, a mais famosa, foi escolhida a dedo. ‘Tem que ser boazuda, ter coxões e peitos grandes, porque homem só gosta de magra para casar’, dizia.

Chacrinha e todas as chacretes

O bacalhau: Quando o bacalhau encalhou nas Casas da Banha, seu patrocinador na TV Tupi, Chacrinha arrumou um jeito de reverter a situação. Durante o programa, virava-se para o auditório: ‘Vocês querem bacalhau?’ A platéia disputava a tapa o produto.

Chacrinha dedicou toda sua vida ao trabalho. ‘Acima de tudo, tentei dar ao meu programa um aspecto tropical, nordestino’, costumava explicar o Velho Guerreiro. Mas a tarefa para a qual ele próprio se incumbiu não era muito fácil. ‘Deus sabe o que me custa fazer esse tipo de programa na nossa TV tão massificada e dilacerada pela TV estrangeira’, dizia.

Trabalhou quase 50 anos, inicialmente no rádio e depois na televisão, se consagrando como o primeiro comunicador do Brasil. O palhaço do povo, como ele mesmo se definia.
Chacrinha foi casado com Florinda Barbosa durante 41 anos. O casal teve três filhos: José Aurélio, Jorge Abelardo e Zé Renato. O apresentador morreu em casa, de enfarto do miocárdio, aos 72 anos de idade de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão)..

Chacrinha estava em casa conversando com um amigo, Jorge Ramalhete, quando Chacrinha começou a sentir fortes dores no peito. Ramalhete o carregou até seu quarto enquanto Florinda ligava para um pronto-socorro. ‘Eu o coloquei deitado na cama, mas ele sentia muitas dores e pediu para ficar sentado. Quando o peguei para sentá-lo, ele morreu…’, contou Ramalhete.

Chacrinha morreu às 23h40, em sua casa, na Barra da Tijuca, em 30 de julho de 1988. Trinta mil pessoas passaram pelo saguão principal da Câmara dos Vereadores, no centro do Rio, para participar do velório. Abelardo Barbosa, o Chacrinha, morreu aos 72 anos.


Chacrinha, Rita Cadillac e mais duas chacretes

Chacrete Índia Potira 01

Chacrete Índia Potira 02




Fontes: 
Biografia do Uol 
Site Presente para homem